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Policial

Bebê estava morta há mais de uma hora, segundo delegado

A pequena Sophia Emanuelly, de apenas 1 ano, vítima de abuso sexual, estava morta há cerca de uma hora e meia, segundo informações do delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, Maurício de Oliveira Camargo, que investiga o caso. A menina deu entrada na UPA ontem (18) à noite, levada pelo pai, e o médico constatou que ela estava em óbito e com marcas de estupro.

Em entrevista à rede de rádios na manhã desta quarta-feira (19), o delegado relatou que o médico legista que examinou o corpo da criança afirmou que a morte da criança foi causada pelo violento abuso sexual sofrido por ela. O pai, Roger da Silva Ribeiro, disse ao médico da UPA e à polícia que a criança havia se engasgado com o leite da mãe durante a amamentação. Ele nega ter abusado de Sophia.

Doutor Maurício afirmou que o estado das lesões na região genital da criança chocou até o próprio legista, que afirmou que nunca havia visto nenhuma situação parecida em todos os seus anos de carreira. O delegado e toda a equipe de investigadores ficaram estarrecidos e alguns membros da equipe nem conseguiram olhar para o corpo, tão grave era a situação em que se encontrava.

Roger tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas e foi preso. A Polícia Civil Aguarda a conclusão do laudo do IML para autuar o pai em flagrante pela morte de Sophia. A mãe, Eduarda da Silva Bernardo, e a avó materna, Maria Aparecida da Silva, também foram presas, na casa da família.

De acordo com o boletim de ocorrência, a avó confirmou a versão do pai, de que a criança morreu engasgada com o leite materno. A mãe, segundo o delegado, não expressou reação alguma. O delegado afirmou que elas foram presas por omissão, pois provavelmente sabiam da violência sexual contra a criança.

Além da bebê morta, Eduarda e Roger têm mais duas crianças – uma recém-nascida e outra de 4 anos, que foram entregues ao Conselho Tutelar. “Não tivemos dúvidas em entregar essas duas crianças para o conselho e pedimos a Deus que elas tenham um futuro melhor do que teve a irmãzinha”, afirmou doutor Maurício.

O delegado relatou também que o casal tinha uma quarta criança, que morreu há pouco mais de um ano. As circunstâncias da morte serão apuradas pela Polícia Civil.

 

 

Mais detalhes na programação da Rádio Cultura AM 930

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