O número de mortes no trânsito em Londrina caiu 34% entre janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 29 óbitos contra 44. A queda foi registrada tanto no cômputo geral quanto entre públicos específicos, como pedestres (-53,8%) e motociclistas (-20%). Enquanto seis pessoas morreram atropeladas no primeiro quadrimestre de 2019, no ano passado foram 13. Já entre os pilotos de moto os episódios fatais caíram de 20 para 16.
O intervalo analisado assinalou também aumento na quantidade de ocorrências e de vítimas não fatais. No primeiro caso, a diferença foi de 1.396 para 1.493 e, no segundo, de 1.638 para 1.813. As informações são do Placar do Trânsito, levantamento elaborado com base na atuação do Siate, Instituto Médico-Legal (IML) e Delegacia de Trânsito da Polícia Civil.
Com a apuração dos dados, divulgados nesta segunda-feira (10) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), as vias da cidade marcaram juntas, nos quatro primeiros meses do ano, 12,34 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2018, quando 83 pessoas perderam a vida em acidentes em Londrina, o índice apontado foi de 14,71.
Para o diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalbem, é preciso cautela na hora de analisar os números. Ele afirma que, mesmo com a queda no saldo de mortes, a violência viária ainda tem feito muitas vítimas na cidade. “Estamos falando de vidas que continuam sendo perdidas. Enquanto ainda registrarmos óbitos, não há muito o que comemorar”, frisou.
Dalbem diz ser difícil, a partir das informações do Placar, traçar um perfil das ocorrências. No entanto, acredita que o saldo geral dos incidentes deve ter a ver com a dinâmica do trânsito no município. “Londrina é uma cidade de porte médio a grande, com muitas vias estreitas e frota elevada. Percebemos que, apesar de mais numerosas, as ocorrências registradas foram em boa parte de pequena monta”, analisa.
Perfil das vias e das infrações
Gerenciadas pela CMTU, as vias municipais computaram 15 mortes. Já as rodovias estaduais e federais que cortam o município somaram 14. Primeiros colocados no ranking de letalidade, os trechos urbano e rural da PR-445 somaram oito incidentes fatais. Em seguida, com quatro óbitos, vem a BR-369 no perímetro da avenida Brasília.
Segundo o major Sérgio Dalbem, o excesso de velocidade permanece como a principal causa de mortes nas ruas e avenidas. Somente entre janeiro e maio, foram 26.894 casos de abuso do acelerador. Avançar o sinal vermelho do semáforo também segue entre as infrações mais cometidas, com 5.707 episódios.
Não utilizar o cinto de segurança e dirigir o veículo manuseando o telefone celular completam o repertório da imprudência no trânsito na cidade, com 3.937 e 2.704 registros, respectivamente.
Para o diretor, não existe fórmula mágica para reduzir os números. O enfrentamento à violência envolve educação, fiscalização e boa sinalização, mas, sobretudo, consciência dos condutores. “Tivemos recentemente uma série de ações educativas com o Maio Amarelo, temos avançado na demarcação das vias, investido na instalação de novos radares para o controle da velocidade. Mas o êxito de tais esforços depende das atitudes de cada um, passa pela direção cidadã de cada motorista”, pondera Dalbem.
Segundo ele, a CMTU continuará a buscar melhores resultados. Efeitos consistentes e de longo prazo, porém, estarão sempre relacionados a agentes externos variáveis e constantes.
Fonte: Assessoria da CMTU
Foto: Arquivo/N.com
Mais notícias na programação da Rádio Cultura AM 930