Duas mulheres são acusadas de matar esfaqueada uma criança de 9 anos, na noite dessa sexta-feira (31/05), em Samambaia Norte, no Distrito Federal. O corpo do menino foi decapitado e apresentava sinais de queimadura.
Uma das suspeitas, Rosana Auri da Silva Candido, era mãe da vítima, Rhuan Maycon da Silva Castro. A outra seria companheira dela. O crime ocorreu por volta das 21h e é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia. As informações são do Metrópoles.
O assassinato teria acontecido enquanto o garoto dormia. Segundo o delegado-chefe adjunto da 26ª DP, Guilherme Sousa Melo, depois de matá-lo com golpes de faca, as mulheres o teriam esquartejado e tentado queimar partes do corpo na churrasqueira da residência.
Para se desfazer do corpo, elas o teriam colocado em malas. No entanto, ao passarem em um campo de futebol, algumas pessoas teriam desconfiado da cena e chamado a polícia.
Os policiais encontraram as duas em casa com uma menina de 8 anos, filha da outra mulher. Os restos mortais de Rhuan foram encontrados em dois endereços: no lote onde moravam, na QR 619, e na via pública da QR 425, em frente à creche Azulão. Parte do corpo estava em duas mochilas.
As duas suspeitas foram presas e estão na delegacia. Nenhuma teria demonstrado arrependimento ao serem interrogadas na delegacia. Elas teriam admitido não ter a guarda das crianças e fugido do Acre sem conhecimento dos respectivos pais. Para não chamar a atenção, os filhos não iam à escola a cerca de dois anos.
Segundo o Conselho Tutelar da cidade, a menina de 8 anos foi encaminhada a um abrigo.
Premeditação
De acordo com as investigações , as mulheres moravam na região há cerca de dois meses, oriundas do Acre, e a residência onde as duas mulheres moram tem aspecto de abandono. Cômodos bagunçados e panelas cheias de mofo foram encontradas pelos policiais. Dentro da casa, as duas ainda teriam pintado trechos de passagens bíblicas nas paredes.
Segundo o delegado, elas planejaram matar a criança há um mês. Primeiro, pensaram em envenená-lo, mas decidiram pela facada no peito. Hoje, em depoimento, disseram que decidiram fazer isso porque pretendiam se mudar para outro endereço.
Rosana afirmou ter ódio do filho pelo vínculo com o próprio pai, que a teria maltratado no passado. Para o delegado, a outra criança provavelmente também seria morta.
Crime
A mãe disse que deu a primeira facada. Rhuan teria, então, se postado de joelhos. Segundo o depoimento, a companheira chegou por trás e tentou apagar a criança com um pano embebido em acetona. Rosana então acertou mais três facadas nas costas do menino e em seguida o decapitou.
Depois, as duas esquartejaram o corpo com as facas e um martelo. Ainda o colocaram na churrasqueira, mas o cheiro ficou forte, o que as fizeram desistir. Por isso, colocaram os restos mortais nas mochilas escolares e nas malas.
O delegado acredita que a menina de 8 anos tenha acordado durante o assassinato, mas ficado em silêncio. A criança foi descrita como muito inteligente e ajudou a polícia a desvendar a dinâmica do crime.