CPFs de 90 pessoas mortas foram usados para furar a fila de vacinação contra a Covid-19, segundo dados levantados pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) criada para apurar irregularidades na imunização.
Segundo a comissão, as irregularidades foram verificadas em 30 cidades do estado.
O levantamento inicial, feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) e repassado para a Alep, constava inicialmente 100 registros de pessoas que tinham sido vacinadas com documentos de pessoas mortas.
A apuração da Alep, no entanto, identificou que dez casos da lista se tratavam de pessoas que tinham direito à vacina e eram homônimas de outras que já morreram.
De acordo com o presidente da Comissão Especial, Fernando Francischini (PSL), os dados apontam que estas pessoas tomaram pelo menos uma das doses da vacina.
“É uma informação que pode estar desatualizada, pois ela é de dois meses atrás. Vamos investigar também se estas pessoas retornaram para tomar a segunda dose”, afirmou.
Segundo Francischini, as prefeituras das cidades onde há casos de fraude estão sendo questionadas e, posteriormente, o caso deve ser levado ao Ministério Público (MP-PR).
Vacinação no Paraná
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), 2,3 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose de vacina no Paraná até a manhã desta quarta-feira (26), o que representa cerca de 20% da população do estado.
Com informações:G1
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