Ainda vivendo os reflexos da pandemia, o Paraná fechou 2022 registrando o ano com menos nascimentos na série histórica dos Cartórios de Registro Civil, iniciada em 2002, sendo que o número vem caindo consecutivamente desde 2018. Já o quantitativo de mortes no ano passado teve queda expressiva na comparação com 2021, mas permanece em patamar elevado, com 2022 entrando para a série histórica como o segundo ano com mais mortes no estado.
Conforme os dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, consultados ontem (10 de janeiro) pela reportagem do Bem Paraná, ao longo de 2022 houve 142.510 nascimentos no Paraná. Trata-se da quinta queda consecutiva no número de recém-nascidos em um ano e desde 2017, quando haviam sido registrados 162.868 nascimentos no estado, verifica-se uma redução de 12,5% nos registros. Já o ano com mais nascimentos na série histórica é 2015, com 166.008.
Quanto aos falecimentos, ao longo do ano passado 88.339 pessoas morreram no estado. Trata-se de uma queda de 19,8% na comparação com o ano anterior, mas ainda assim é o segundo ano com mais mortes na série histórica. O recorde pertence a 2021, com 109.129 registros, e a terceira posição fica com 2020, primeiro ano de pandemia e que teve um total de 80.704 óbitos. Antes da crise sanitária, o ano com mais mortes era 2016, com 76.986 falecimentos.
Dessa forma, a população paranaense registrou em 2022 uma variação vegetativa (diferença entre nascimentos e mortes) de +54.171, valor consideravelmente superior ao registrado no ano anterior (+34.385). A taxa de nascimentos por morte, por sua vez, foi de 1,61, o que significa que para cada 10 vidas que chegaram ao fim no estado, outras 16 tiveram início. Antes da pandemia do novo coronavírus, a variação vegetativa da população paranaense ficava acima de 80 mil todos os anos e a taxa de nascimento por morte ficava sempre acima de dois.
Com informações:Bem Paraná
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